Um clima leve e agradável, porém com muita responsabilidade, paira sob os novos escritórios liderados, sobretudo, pelos profissionais da chamada Geração Y.
Empresas de espírito jovem e que buscam se posicionar de modo relevante no atual e dinâmico mercado, têm preferido investir na informalidade em seu ambiente trabalho como forma de integrar melhor a equipe, aproveitar a inteligência coletiva e estimular a proatividade.
Essa informalidade se traduz não só a partir de um comportamento ou postura corporativa adotada, como também é vista, e inclusive proporcionada, pela Arquitetura Corporativa.
Layouts open space, por exemplo, vão bem ao encontro dessa proposta. Nesse tipo de orientação e organização do espaço os ocupantes passam a conviver em maior contato, compartilhando experiências, ideias e encontrando soluções para os problemas que surgem no dia a dia, rompendo níveis hierárquicos burocráticos.
Informalidade planejada
O conceito de colaboração é muito importante e para que ele ganhe força toda a ambientação tem de ser muito bem planejada. O design moderno do mobiliário, as cores ousadas e os artigos decorativos diferenciados, tudo deve estar em sintonia com a atmosfera que se pretende criar.
Projeto da Koudenburg & Elsinga para a agência JWT.
Projeto Bangkok University Student Lounge (BU Lounge aka Imagine Lounge).
A linguagem empregada no ambiente faz toda a diferença, mas é preciso articulá-la para que não haja exageros que induzam à distração ou mesmo aplicações inadequadas para determinados núcleos.
Ainda que estejamos falando em uma cultura corporativa moderna e dos famosos open spaces, não é contraditório considerar a necessidade de certo nível de individualidade em pontos específicos da empresa. Para proporcionar esse efeito é possível recorrer, por exemplo, aos biombos ou divisórias, que não ferem a proposta do layout, mas que permitem uma “separação integrada” desejável em algumas situações. Assim, mais uma vez, as peças empregadas são essenciais para a manutenção coerente do clima informal pretendido.
Projeto do Masquespacio para o escritório de advocacia Zapata Y Herrera.
Projeto do Stephenson&Turner Studio.
Entendendo melhor essa “informalidade”
Podemos compreender a informalidade no ambiente de trabalho em dois níveis:
1. NÍVEL DO COMPORTAMENTO
- Eliminação ou redução do impacto hierárquico;
- Liberdade na comunicação;
- Maior integração entre a equipe;
- Fomentação e compartilhamento de ideias;
- Estímulo à postura proativa;
- Alinhamento com as tendências corporativas;
- Aumento da produtividade e inteligência coletiva.
2. NÍVEL DA ARQUITETURA CORPORATIVA
- Ambientação descontraída;
- Open space (proposta);
- Espaços de descompressão (relaxamento e convívio);
- Design moderno;
- Ambientes especiais (como as salas de descompressão);
- Orientação do espaço e alocação do pessoal de modo que possibilite o diálogo;
- Soluções e recursos inovadores;
- Originalidade;
- Comunicação criativa.
Essa informalidade no ambiente de trabalho da qual estamos falando e que vem crescendo dentro de empresas principalmente jovens e muito competitivas, está muito longe de significar perda de produtividade ou antiprofissionalismo.
Sua raiz está na compreensão do mundo atual e na postura estratégica de buscar um posicionamento vencedor diante de um mercado tão dinâmico e criativo.
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