Informalidade no ambiente de trabalho e na Arquitetura Corporativa
Data: 29/05/2013

Um clima leve e agradável, porém com muita responsabilidade, paira sob os novos escritórios liderados, sobretudo, pelos profissionais da chamada Geração Y.

Empresas de espírito jovem e que buscam se posicionar de modo relevante no atual e dinâmico mercado, têm preferido investir na informalidade em seu ambiente trabalho como forma de integrar melhor a equipe, aproveitar a inteligência coletiva e estimular a proatividade.

Essa informalidade se traduz não só a partir de um comportamento ou postura corporativa adotada, como também é vista, e inclusive proporcionada, pela Arquitetura Corporativa.

Layouts open space, por exemplo, vão bem ao encontro dessa proposta. Nesse tipo de orientação e organização do espaço os ocupantes passam a conviver em maior contato, compartilhando experiências, ideias e encontrando soluções para os problemas que surgem no dia a dia, rompendo níveis hierárquicos burocráticos.

Informalidade planejada

O conceito de colaboração é muito importante e para que ele ganhe força toda a ambientação tem de ser muito bem planejada. O design moderno do mobiliário, as cores ousadas e os artigos decorativos diferenciados, tudo deve estar em sintonia com a atmosfera que se pretende criar.

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Projeto da Koudenburg & Elsinga para a agência JWT.

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Projeto Bangkok University Student Lounge (BU Lounge aka Imagine Lounge).

A linguagem empregada no ambiente faz toda a diferença, mas é preciso articulá-la para que não haja exageros que induzam à distração ou mesmo aplicações inadequadas para determinados núcleos.

Ainda que estejamos falando em uma cultura corporativa moderna e dos famosos open spaces, não é contraditório considerar a necessidade de certo nível de individualidade em pontos específicos da empresa. Para proporcionar esse efeito é possível recorrer, por exemplo, aos biombos ou divisórias, que não ferem a proposta do layout, mas que permitem uma “separação integrada” desejável em algumas situações. Assim, mais uma vez, as peças empregadas são essenciais para a manutenção coerente do clima informal pretendido.

arquitetura-corporativa-informalidade3Projeto do Masquespacio para o escritório de advocacia Zapata Y Herrera.

arquitetura-corporativa-informalidade4Projeto do Stephenson&Turner Studio.

Entendendo melhor essa “informalidade”

Podemos compreender a informalidade no ambiente de trabalho em dois níveis:

1. NÍVEL DO COMPORTAMENTO

  • Eliminação ou redução do impacto hierárquico;
  • Liberdade na comunicação;
  • Maior integração entre a equipe;
  • Fomentação e compartilhamento de ideias;
  • Estímulo à postura proativa;
  • Alinhamento com as tendências corporativas;
  • Aumento da produtividade e inteligência coletiva.

2. NÍVEL DA ARQUITETURA CORPORATIVA

  • Ambientação descontraída;
  • Open space (proposta);
  • Espaços de descompressão (relaxamento e convívio);
  • Design moderno;
  • Ambientes especiais (como as salas de descompressão);
  • Orientação do espaço e alocação do pessoal de modo que possibilite o diálogo;
  • Soluções e recursos inovadores;
  • Originalidade;
  • Comunicação criativa.

Essa informalidade no ambiente de trabalho da qual estamos falando e que vem crescendo dentro de empresas principalmente jovens e muito competitivas, está muito longe de significar perda de produtividade ou antiprofissionalismo.

Sua raiz está na compreensão do mundo atual e na postura estratégica de buscar um posicionamento vencedor diante de um mercado tão dinâmico e criativo.

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