As restrições decorridas das medidas de prevenção ao novo coronavírus abalaram diversos setores. O comércio foi um dos mais afetados. Embora algumas empresas tenham reaberto as portas em regiões e períodos específicos, muitas não tiveram essa oportunidade, por não serem compreendidas como serviços essenciais. Aos poucos as pessoas se acostumam com esse cenário. Assim, resta perguntar: como ficarão os hábitos de consumo pós-pandemia?
Observar o mercado e suas intenções é essencial para poder planejar, desenvolver novas soluções e corrigir o que for preciso. O mundo todo está em transformação. Portanto, saber como atuar diante de situações que podem nunca mais voltar a ser as mesmas pode definir a continuidade ou o encerramento do negócio.
Acompanhe o post de hoje e entenda qual é a visão dos consumidores para o momento de retomada (segundo pesquisas).
Perigos e oportunidades
Toda mudança traz um pouco de insegurança e resistentência. É normal! Mas um dos passos mais importantes para prosseguir é aceitar a nova realidade. Afinal, é a partir dela que as possibilidades passarão a existir. Então, com esse posicionamento será possível encontrar as oportunidades com as quais trabalhar.
De acordo com Peter Noel Murray, diretor de uma clínica de Psicologia do Consumidor em Nova York:
“Quando há mudanças sérias no estilo e nas circunstâncias de vida, há uma mudança dramática na preferência pelas marcas que os consumidores usam e em suas percepções sobre essas marcas”.
Ou seja, elas precisam conversar com os novos e pontuais anseios de seus públicos a fim de não serem preteridas. O que temos observado é que diversas marcas estão implantando iniciativas de boas ações ao longo da crise. Porém, conforme apontam os especialistas, os consumidores esperam que essas medidas tenham continuidade. Quer dizer, mesmo depois quando a Covid-19 já não for uma ameaça.
Cautela no consumo pós-pandemia
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB, revelou que de cada 4 brasileiros, 3 pretendem manter o nível de consumo reduzido, iniciado após o surto de coronavírus. No total, foram ouvidas 2.005 pessoas em todos os estados do Brasil.
O estudo apontou também que, de um grupo de 11 bens de consumo, apenas dois terão maior procura pós-isolamento. São eles: roupas (34%) e calçados (31%). Menos de 10% dos participantes afirmaram ter interesse nos produtos dos demais grupos (como eletrodomésticos e móveis), dentro dos mesmos 90 dias.
Por trás desse comportamento moderado, está, sobretudo, o medo de perder o emprego. Segundo a pesquisa, 48% dos trabalhadores têm esse sentimento. Considerando o percentual daqueles que têm medo médio (19%) e pequeno (10%), o índice chega a 77%. Além disso, a metade dos brasileiros (53% dos respondentes) se revelou endividada.
Já o levantamento do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) encomendado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mostrou que para 43% da população bancarizada (abordada) a economia só terá uma recuperação dos efeitos da crise depois de dois anos. Tendo em vista o fim do período, 30% dos entrevistados responderam que devem comprar mais pela internet. E 28% que devem usar os serviços de delivery com mais frequência.
Quais são os planos do seu negócio frente a essas expectativas do consumo pós-pandemia? Procure acompanhar sempre as movimentações do mercado para encontrar saídas de forma preventiva.
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