Nativos digitais, impacientes, dinâmicos e críticos. Os nascidos a partir dos anos 90 até 2010 representam um verdadeiro desafio para professores, e todo um sistema de ensino, acostumados com o aprendizado passivo. Falar sobre a geração Z na escola é falar sobre mudanças profundas, que ainda não foram completamente assimiladas.
À medida que os anos avançam novos aspectos são compreendidos acerca do comportamento das diferentes gerações. Nada mais natural. Mas é interessante observar as inovações tecnológicas nesse contexto. Elas são responsáveis, em boa parte, por confrontar padrões, conceitos e modelos que, diante delas, precisam ser adaptados ou, até mesmo, abandonados.
Entretanto, não é possível esperar uma acomodação frente às transformações em curso. É necessário desbravá-las e a escola é um agente indispensável nesse sentido.
No post de hoje veremos quais implementações podem ser articuladas para melhor envolver os alunos Z no processo de ensino.
Vamos juntos buscar o desenvolvimento!
Características da geração Z na escola
Como já nasceram em um mundo superconectado, repleto de gadgets e interatividade, esses jovens tendem a ter uma atenção mais fragmentada. Gostam de soluções rápidas e são multitarefas. Assim, estudar ouvindo música ou trocando mensagens pelo celular, por exemplo, não é uma dificuldade para eles.
Além disso, graças às ferramentas digitais, de fácil acesso, também são produtores de conteúdo. Seja em blogs, em suas redes sociais ou em outros projetos que lhes permitam compartilhar suas opiniões, talentos e estilo de vida.
Por isso, a geração Z na escola é percebida como inquieta e, muitas vezes, até desinteressada. Se por um lado há a criatividade e a habilidade com computadores, por outro há a dificuldade de empreender trabalhos mais extensos ou, simplesmente, em se ater a lições cujos temas não conversam diretamente com o seu cotidiano.
A seguir pontuamos algumas estratégias para buscar o engajamento desses estudantes nas aulas.
5 dicas para otimizar o processo de aprendizagem da geração Z
O papel do professor em sala de aula também mudou: antes considerado o detentor de todo o conhecimento que os alunos adquiriam de forma passiva, hoje a figura do docente passa a ser, também, a de mediador entre o aluno e a infinidade de informações disponíveis em seu dia a dia – o que fez com que as aulas expositivas não tenham mais tanto engajamento como tinham antigamente, sendo pouco a pouco substituídas por metodologias de ensino em que o aluno torna-se protagonista do seu aprendizado.
Com tantas informações a disposição, pode-se dizer que os jovens da Geração Z aprendem de um jeito diferente e, portanto, a metodologia de ensino utilizada nas escolas tradicionais já não funciona tão bem para eles. Confira a seguir algumas dicas para estimular os estudantes em sala de aula:
1. Explore o mundo digital
Sites, redes sociais, aplicativos e canais do YouTube, por exemplo, podem ser adotados como fontes de referência para os trabalhos. Grupos no WhatsApp podem ser usados para desenvolver estudos e apresentações com a mediação de um professor. Videoconferências podem ser aproveitadas para enriquecer a abordagem sobre diferentes temas. Enfim, as possibilidades são diversas. Mas é importante que o corpo docente tenha propriedade para explorar as ferramentas digitais. Também é essencial que a instituição forneça os meios para isso.
2. Reoriente o papel do professor
Com tanta informação disponível e de fácil acesso, o professor deixou de ser o detentor do conhecimento. Assim, o seu papel agora deve ser o de um mediador dinâmico, atento e atualizado. As aulas meramente expositivas devem ceder lugar para mais momentos de participação e troca de experiências.
3. Fomente soluções colaborativas
Deixe a entrega de conteúdo baseada em processos de lado e abra espaço para a construção de soluções colaborativa. Portanto, proponha situações-problema frente às quais os alunos devem se unir para discutir e encontrar saídas criativas.
4. Seja inclusivo
A acessibilidade e a valorização da diversidade são valores que precisam ser absorvidos. Muito mais que o respeito, a escola deve prover meios físicos e administrativos para que todos possam aprender sem entraves. Treinar o time de professores é muito importante para poder cumprir bem essa missão. A geração Z entende que o mundo é plural e reivindica condições mais justas entre as pessoas.
5. Conecte os alunos ao mundo
Questões de impacto global não devem ser ignoradas. Pelo contrário. Envolva os jovens em projetos sociais e de preservação ao meio ambiente. Aborde a sustentabilidade, a inclusão de minorias, os direitos da mulher e outros tópicos que provocam a reflexão em escala mais abrangente.
Vale destacar que a Arquitetura Escolar pode ser uma importante aliada para o envolvimento dos alunos.
Como? Acompanhe nosso blog para saber mais sobre o assunto!