O ambiente escolar é um espaço plural, inquieto e desafiador. Lidar com as diferenças de maneira harmônica e produtiva exige dos profissionais da educação competências que vão muito além do conhecimento teórico de áreas específicas. Para que bons resultados sejam colhidos, é essencial trabalhar as subjetividades humanas. Assim, a gestão das emoções na escola é matéria indispensável.
O tema se torna ainda mais relevante diante de um cenário incerto imposto pelo surto do novo coronavírus. Nele, sentimentos como insegurança, ansiedade e tristeza se tornaram mais latentes. E não apenas entre os alunos. Diretores, professores e todos os outros funcionários também precisam enfrentar os seus limites em prol de uma educação realmente eficiente. Educação esta que passa pela formação de cidadãos e não apenas de futuros profissionais.
Embora nem todas as instituições englobem a chamada inteligência emocional como parte de seus currículos, abraçar a questão do ponto de vista gerencial fará toda a diferença diante de um mundo ditado pelo “novo normal”.
A seguir veremos quais práticas podem ser implementadas para controle nesse sentido.
Vantagens da gestão das emoções na escola
A necessidade de cuidar das emoções no palco escolar não se dá apenas por conta de um futuro ainda cheio de perguntas sem respostas. Faz parte da sociedade atual estados de espírito instáveis, estressados, cansados e ansiosos.
O estilo de vida pautado em questões como o sucesso profissional a qualquer custo, o esforço implacável de se encaixar em padrões preestabelecidos e a velocidade/excesso da informação tendem a conduzir os indivíduos a um desequilíbrio emocional, com o qual a escola não está isenta de contribuir. A menos que se comprometa com a causa e procure fornecer saídas para minimizar os efeitos negativos de tudo isso.
Como benefícios desta gestão, ela pode colher frutos como:
- Ambiente mais pacífico e aberto ao diálogo;
- Empatia e tolerância entre todos os ocupantes;
- Relacionamentos mais saudáveis:
- Colaboração produtiva;
- Sentimento de pertencimento;
- Redução dos casos de evasão escolar;
- Aumento da qualidade de vida dos professores;
- Otimização do desenho pessoal e profissional;
- Entre muitas outras vantagens.
Acompanhe 5 dicas para colocar em prática a gestão das emoções na escola!
1. Garanta a segurança
Em uma realidade pós-pandemia os cuidados com a higienização dos ambientes devem ser redobrados. Isso ajudará a criar um clima de maior tranquilidade. Portanto, a sala de aula tem de contar com álcool em gel, rotinas de limpeza redobradas e aferição de temperatura. Isso sem falar na segurança do prédio como um todo. Câmeras, sistemas de verificação de presença, checagem na entrada, entre outros recursos, são essenciais para que todos se sintam protegidos.
2. Dedique-se à comunicação
Promover reuniões entre o time de professores, funcionários e familiares faz toda a diferença para resolver e até evitar problemas. A instituição precisa oferecer meios de diálogo práticos. A partir deles é possível gerenciar crises, comunicar ações importantes, equilibrar expectativas e humanizar o relacionamento. Em um contexto com tantas incertezas, tais cuidados ajudarão a lidar com as emoções à flor da pele.
3. Estreite o relacionamento com os colaboradores
Sem conhecer bem os colaboradores da instituição não é possível compreender seu estado emocional. Então, é necessário buscar um contato mais próximo com esses agentes da educação, a fim de oferecer maior apoio aos desafios coletivos e particulares. Deste modo, cria-se um lugar de confiança, sensível e mais saudável.
4. Pratique o feedback positivo
Críticas aos alunos ou entre o corpo docente não pavimentando um desenvolvimento construtivo. Assim, é importante deixá-las de lado em favorecimento de feedbacks positivos. Ou seja, posicionamentos que sinalizam o que é preciso melhorar a partir do reconhecimento das potencialidades do indivíduo. O que pode vir acompanhado de dicas e sugestões de caminhos a serem seguidos. Enquanto a crítica foca o erro, o feedback positivo ressalta as qualidades existentes para transpor um desafio. Além, é claro, de elogiar nos momentos certos.
5. Promova a capacitação
Novos sistemas, metodologias e paradigmas tendem a gerar insegurança e, em alguns casos, até angústia. Tanto alunos quanto professores podem ter passado por isso durante o período das aulas não presenciais, por exemplo. Logo, oferecer programas de capacitação fomenta espíritos mais confiantes diante das novidades e mudanças. Também é interessante estimular a equipe a trabalhar o seu desenvolvimento pessoal e inteligência emocional por meio de cursos, terapias e eventos.
Sua escola tem realizado a gestão das emoções? Como tem encarado as transformações na educação e no estilo de vida das pessoas?
Leia também nosso artigo em que relacionamos as habilidades que precisam ser desenvolvidas pelos professores pós-Covid-19.
Referências: Escola da Inteligência, Direcional Escolas, Faz Educação & Tecnologia, Nova Escola.