Saciar a fome não é o suficiente. Em tempos agitados e de hábitos pouco saudáveis, a experiência que um restaurante é capaz de proporcionar é quase ou tão importante quanto os pratos oferecidos. Há todo um contexto de bem-estar em jogo, essencial para cativar os clientes. Eles precisam se sentir confortáveis e dispostos a ficar um pouco mais, ou voltar sempre que for possível.
A Arquitetura Comercial, inquestionavelmente, é parte desse processo. Além de provocar sensações e emoções, ela deve ser adequadamente planejada para refletir a personalidade da marca. Desse modo, toda a comunicação visual tem de ser pautada em uma identidade consistente e, que de preferência, facilite o dimensionamento de soluções criativas para o espaço.
Marketing sensorial
Se por um lado o Marketing Estratégico é imprescindível ao posicionamento do negócio, por outro o Marketing Sensorial é a tática perfeita à criação de apelos sutis, mas ao mesmo tempo extremamente envolventes. A técnica visa estabelecer um vínculo emocional entre o cliente e o produto/serviço por meio da exploração dos 5 sentidos, ou seja, visão, audição, olfato, tato e paladar.
Entenda como isso pode ser aplicado a um restaurante para torná-lo mais “apetitoso”:
Visão
Sabe aquele ditado “a primeira impressão é a que fica”? Então, essa percepção tem tudo a ver com a maneira como as pessoas veem determinado lugar. Se o ambiente for apertado, as cores gritantes e os acabamentos de baixa qualidade, por exemplo, fica muito difícil obter uma opinião favorável. O mesmo acontece quando o local é totalmente fechado. Lembre-se que a luz natural e a conexão com o exterior são grandes amigas do bem-estar.
Como foi comentado, a comunicação visual tem grande destaque no estabelecimento. Por isso todos os elementos que a compõem têm de ser cuidadosamente projetados. Pense bem: como fazer uma refeição agradável se o que você enxerga está em pura desarmonia? Claro, isso também se estende à forma como os pratos são apresentados, mas o foco aqui é a capacidade da Arquitetura em produzir um cenário que seja convidativo “só de olhar”.
Projeto de Richard Lindvall para o Usine, resturante-conceito | Fonte: Yellowtrace.
Audição
Trabalhar o sentido da audição não se limita à música ambiente. Mas é interessante observar que, nesse aspecto, deve-se garantir que os recursos e equipamentos sejam incorporados de modo discreto na ambientação.
Indo além, é necessário pensar nos ruídos externos capazes de interferir no atendimento, assim como no momento de relaxamento dos clientes. Logo, dependendo da região do restaurante, um bom isolamento acústico se faz indispensável.
Projeto de Cristian Corvin para o Lacrimi Si Sfinti | Fonte: HomeDSGN.
Olfato
O cheiro é um dos fatores mais importantes quando o assunto é comida. Os pratos a serem servidos são, obviamente, as grandes estrelas do estabelecimento, entretanto, a Arquitetura também desempenha o seu papel nesse quesito. Ela deve impedir que tintas, madeiras e outros materiais exalem aromas impertinentes ou pela aplicação de produtos específicos ou pela própria escolha de produtos inodoros.
Para trazer um perfume sedutor e, ao mesmo tempo, refrescar o ambiente, as plantas são muito bem-vindas.
Projeto de GamFratesi Design para o The Standard | Fonte: Archilovers.
Tato
Muitas pessoas se esquecem desse sentido e do quanto ele influencia nossa vida. O tempo todo estamos tocando em coisas que podem nos parecer simpáticas ou repulsivas de acordo com a sensação experimentada na pele. No caso de um restaurante é preciso garantir que as texturas dos materiais proporcionem conforto, acolhimento e identidade. Sim, é possível coordenar as características táteis (e visuais) visando o fortalecimento do conceito único da marca.
Vale destacar que a influência do frio e do calor também está relacionada aqui. Para assegurar o equilíbrio entre esses dois polos o projeto arquitetônico pode recorrer ao isolamento térmico.
Projeto de Dimitris and Chris Papaefstathiou para o Rhodos Restaurant | Fonte: InteriorZine.
Paladar
Assim como os demais sentidos, o paladar pode ser alterado conforme as circunstâncias em que o indivíduo se encontra. Seu estado emocional é preponderante, mas os impactos do ambiente são capazes de acentuar ou amenizar esse quadro. Assim, a Arquitetura Comercial do restaurante deve induzir o cliente ao relaxamento e ao máximo proveito dos sabores que passarão pela mesa.
Projeto da DABUS ARQUITETURA para o Badebec | Fonte: DABUS.com.br.
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