Ambientes sóbrios e estéreis, carteiras dispostas ortogonalmente, mesa do professor à frente da sala e layouts inflexíveis. Esse conjunto faz parte de um modelo austero e pouco motivador que tende a desaparecer do espaço escolar, que hoje busca uma integração harmônica com as novas tecnologias, linguagens e soluções arquitetônicas baseadas na pluralidade.
Como foi dito no post anterior sobre o papel da Arquitetura Escolar, métodos pedagógicos diferenciados vêm apontando para a necessidade de se trabalhar a educação em outros ambientes, não só na clássica e formal sala de aula, e também para a importância de se considerar as múltiplas inteligências humanas.
O que se tem buscado muito atualmente é tornar o aprendizado um processo mais prazeroso para todos os atores envolvidos: alunos, professores, pais e a comunidade em geral. É nessa perspectiva que se encaixa a tentativa de fazer com que o ensino seja menos monótono e maçante, apropriando-se para tanto de uma diversidade de espaços onde competências, habilidades, vivências em grupo e a assimilação de conteúdos possam ser desenvolvidas com melhor aproveitamento.
Dessa maneira, caminha-se rumo à escola do futuro, na qual as diferenças e a pluralidade dos organismos serão mais respeitadas e valorizadas. Ao invés de mesas, cadeiras e carteiras padronizadas, o mobiliário possuirá configurações ajustáveis que promoverão condições mais confortáveis às particularidades físicas e intelectuais de cada indivíduo; as salas contarão com tecnologias e recursos mais avançados que ajudarão tornar a dinâmica pedagógica muito mais rica; e os materiais e conceitos adotados obedecerão cada vez mais aos princípios de sustentabilidade e responsabilidade social.
Fonte: ArchiTravel.
Fonte: ArchiTravel.
Fonte: Umow Lai.
Centro de pesquisa médica John Curtin School da Australian National University: Dois grandes pátios centrais fornecem ventilação e luz natural ao prédio, que ainda incorpora um projeto de engenharia planejado para proporcionar eficiência de água e energia.
Arquitetura Escolar e a tecnologia
Além de bibliotecas modernizadas, salas de vídeo, áreas de jogos e laboratórios de informática melhor equipados, a Arquitetura Escolar tende a implementar também ambientes preparados para o ensino à distância, utilizando toda potencialidade tecnológica para democratizar a educação, assim como para torná-la mais versátil como pede a “Era do Conhecimento”.
Vale assinalar aqui que essa visão de forma alguma põe em xeque a existência da infraestrutura física em favorecimento de ambientes exclusivamente virtuais. Ao contrário do que alguns podem sugerir, os recursos tecnológicos não farão da escola um mecanismo robótico, impessoal e distante. Pelo contrário, as transformações – mesmo aquelas apoiadas nas vantagens trazidas pela internet e pelo computador – deverão conjugar os dois mundos, o “real” e o virtual, ressaltando, porém, ainda mais a importância das experiências humanas diretas.
Consequentemente, a Arquitetura Escolar será voltada, mais do que nunca, a conceitos humanizados de projetos, os quais deverão ajudar os estudantes a desenvolver sua capacidade de se relacionar com o mundo. Além disso, a escola será preparada para receber visitantes além dos horários tradicionais de aula, estimulando o contato com o aprendizado e interligando toda a comunidade.
Fonte: DaveMoorePhoto.com.
Fonte: Panoramio.
Fonte: Best Education Degrees.
Strawberry Crest High School, Florida/EUA: A escola oferece agradáveis áreas de convívio banhadas pela luz do sol.
Quer encontrar as melhores soluções para seu projeto? Entre em contato com a DABUS ARQUITETURA e fique por dentro de nossa expertise. Vamos preparar o seu empreendimento para o presente e para o futuro!
Referências: Superinteressante, Obra 24horas.